terça-feira, 26 de maio de 2015

No âmbito da comemoração do Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor..Professor João Santos

A importância das histórias e dos livros em todos nós

Perante este desafio que me foi lançado pela professora Helena Silva fiquei sem saber o que dizer. Na verdade, é um tema em que tudo o que possa ser dito pode ser redutor em relação à sua dimensão. Focalizei este texto numa pequena abordagem sobre alguns livros que nos unem a todos e que fazem parte da nossa cultura, por passarem de geração em geração. Houve muitos livros e histórias da literatura infantil e infanto-juvenil que passaram por mim, pelos meus pais, filhos e alunos. Refiro-me, nomeadamente, aos contos tradicionais: “A Gata Borralheira”, “Capuchinho Vermelho”, “A Bela Adormecida”, “Branca de Neve”, “Os Três Porquinhos”, “Rapunzel”, “O João Ratão” e outras. Todas estas fazem parte da nossa infância coletiva independentemente da idade que cada um tem neste momento.

Vários autores desenvolveram teorias a respeito do porquê destas despertarem o interesse das crianças ao longo de tantos anos. Ouvimos as mesmas narrativas dezenas de vezes sempre com o entusiasmo de quem as ouvia pela primeira vez.  Todos nós mergulhamos naqueles enredos, tornámo-nos personagens e vivemos situações de perigo, fracasso, medo, coragem e de triunfo. Foi fundamental saber que existe sempre um amanhã vitorioso mesmo nas situações em que parece não existir dia seguinte! O meu menino gostava de ouvir sempre, repetidamente, a história dos três porquinhos. O livro A Psicanálise dos  Contos de  Fadas de Bruno Bettelheim refere que na história dos três porquinhos está presente o conflito entre o princípio do prazer e o princípio da realidade passando mensagens importantes para quem tem esse conflito mais acentuado. Era notório um problema grave com o menino  em relação às obrigações nomeadamente os trabalhos de casa (TPC). Brincava, brincava e os trabalhos de casa ficavam por fazer até à última gerando situações de enorme stress.. O porquinho da casa de palha  não constrói uma casa edificada. Contudo o lobo não leva a melhor porque existe o porquinho da casa de cimento que resiste à fúria do sopro do lobo. Certamente a mensagem implícita nesta história terá tido um impacto psicológico muito importante no crescimento pessoal do menino. Certamente,  todos nós temos histórias que realizaram esse importante papel nas nossas vidas! Bem hajam os contos tradicionais da literatura infantil!

Professor João Santos 

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