No terceiro período,
os alunos do projeto Leitur@s Dinâmic@s “visitaram “o Museu Soares dos Reis,
apreciando alguns dos seus quadros e esculturas.
Tudo começou com a
leitura de O Pintor Desconhecido, de Mariana Roquette Teixeira e Marta
Torrão, seguiu-se a referência a outros livros que abordavam a temática da arte
e, finalmente, a leitura e exploração do livro Do outro lado do quadro,
de Mónica Baldaque.
Este livro inicia-se com um texto
dedicado aos museus, com enfoque no Museu Soares dos Reis:
Um
Museu é um lugar de encontros. […] Só encontramos lá gente
especial – são os artistas – com as suas obras, os seus personagens e as suas
histórias. Cada um com uma linguagem própria, uma forma particular de se
exprimir.
Quero dizer: no Museu estão guardadas
para nós as memórias desses artistas, nos quadros que pintaram, nas esculturas que modelaram, nos
desenhos que esboçaram. […]
E esses personagens dos quadros, das esculturas, falam connosco, se
estivermos atentos e os quisermos ouvir. E, se tivermos imaginação, até podemos
dialogar com eles e trazê-los para o nosso tempo, ou viajar até ao tempo deles.
Temos é de parar diante de um quadro, ou de uma escultura, e fazer perguntas. […]
Museu Soares dos Reis […] Muito antes
de ter sido instalado neste palácio cor-de-rosa, chamado dos “carrancas”, em
1937, já existia desde 1836 no edifício do Convento de St. º António da Cidade,
em S. Lázaro, hoje Biblioteca Pública Municipal do Porto.
Em seguida, a autora explica como
concebeu o livro: Percorri as Galerias de Pintura e Escultura do Museu Soares
dos Reis e escolhi […] oito obras, com as quais brinquei um pouco livremente.
Deu-me gosto fazê-lo […] Mas, como, por
temperamento, estou sempre mais disposta a começar do que a acabar, deixo-vos a
tarefa de acabar o livro, escrevendo nele a última história.
Assim, os alunos leram e analisaram as
histórias elaboradas a partir de uma escultura e vários quadros de diferentes
artistas e terminaram o livro, escrevendo a última história, “Menina de castigo”,
partindo do quadro “De castigo”, de Sofia de Sousa.
Os textos estiveram expostos na
Biblioteca, durante a Semana das Artes.
Menina
de Castigo
Era
uma vez uma menina, chamada Sofia.
Sofia
era uma menina pequena e magra, que usava o cabelo curto. Era bonita e
simpática, mas, às vezes, portava-se mal e, por isso, ficava muitas vezes de
castigo.
Um
dia, enquanto, brincava no jardim, cortou várias flores e espalhou-as pelo
chão. Quando a mãe viu aquele disparate, ralhou com ela e meteu-a de castigo:
ficar sentada na cadeira da sala a pensar naquilo que tinha feito.
A
menina obedeceu a custo… ficou triste
e aborrecida por ter de ficar naquela sala escura quando lá fora estava um dia
tão bonito.
Creio
que Sofia aprendeu a lição, mas penso que isso não evitou que, por vezes,
voltasse a fazer mais disparates… às vezes a traquinice era superior!
Andreia Pereira
Menina
de Castigo
Era
uma vez uma menina chamada Margarida. Tinha 9 anos e era alta para a idade e
magra. Os seus olhos eram pretos coo o carvão e os cabelos eram castanhos
encaracolados. Era muito bonita, mas traquina… Fazia disparates sem fim!
Um
dia, estava a correr no jardim e tropeçou num vaso que se partiu em mil
pedaços.
A avó
ouviu o barulho e foi à varanda ver o que se passava. E o que viu deixou-a
muito irritada.
-
Margarida, Margarida! Quantas vezes te disse para não correres à doida… Mais um
vaso partido?!” Tu não vês que qualquer dia ainda te aleijas a sério e vais
parar ao hospital? – Disse a avó, muito furiosa.
-
Desculpa, avó! Isto é mais forte do que eu… - disse a menina com os olhos
cheios de lágrimas.
Mas a
avó não se comoveu e afirmou:
-
Agora, para aprenderes, vais ficar sentada na cadeira da sala a pensar no que
fizeste! Para além disso, hoje não há televisão, nem computador!
A
menina fez o que avó lhe ordenou… Andando devagar, devagarinho… lá se sentou na
cadeira daquela sala feia e escura, de costas voltadas para a janela, de onde
um sol radioso a convidava a brincar.
Inês Magalhães
e Viviana Carajoinas
Menina
de Castigo
Maria
Joaquina era uma menina pequena, que tinha cabelos castanhos encaracolados e
pele morena. Tinha sete anos. Era muito irrequieta e tinha uma imaginação muito
fértil que a levava a fazer coisas que nem lembram ao diabo!
Um dia, enquanto brincava
no jardim, resolveu subir à árvore mais alta, mas depois não conseguiu descer.
Aflita, desatou a chorar e a gritar pela mãe.
- Maria Joaquina! Eu já
te avisei mais de mil vezes que não podes subir às árvores! Vais ficar de
castigo, sua marota. – Gritou a mãe, muito zangada.
- Não me ralhes,
mãezinha… Eu só queria tocar nas nuvens, que parecem feitas de algodão doce… -
disse a menina com a voz mais doce que conseguiu.
- És sempre a mesma… Tens
sempre uma desculpa na ponta da língua. Desta vez, chega! Vais mesmo ficar de
castigo.
A mãe ajudou-a a descer e
depois levou-a até à sala, onde a obrigou a sentar-se numa cadeira rija ,
enquanto lhe dizia:
- Agora, ficas aqui
sentada de castigo e não tens autorização para saíres daqui sem eu te chamar.
Pensa no perigo… e se tivesses caído?
Maria Joaquina obedeceu
contrariada e com ar de poucos amigos. Lá ficou sentada na cadeira dura da
sala, longe da janela… lá fora estava um dia tão bonito…
Maria , farta de estar
sentada na cadeira, pôs-se a sonhar e a sua imaginação levou-a de novo até ao
jardim, à sua árvore mais alta, á nuvem feita de algodão doce…
Rúben Godinha,
Sara Pedroso e Tatiana Pedroso
Menina
de Castigo
Era
uma vez uma menina chamada Clara, que vivia numa grande casa com jardim, com os
seus pais e avó.
Clara
era uma menina malcomportada e como fazia muitos disparates, passava a vida a ouvir ralhetes.
Numa
bela manhã de sol, os seus pais saíram para ir às compras e Clara aproveitou o
facto de ter ficado sozinha, para dar asas à sua imaginação. Tinha lido um
livro sobre a caça ao tesouro e então, foi até ao jardim e escavou um buraco
enorme e colocou lá todos os seus brinquedos, o seu tesouro… Estava a
preparar-se para fechar o buraco, quando Juliana, a mãe, apareceu sem ela ter
dado conta…
- Mas
o que é isto, Clara?
- Um
buraco, não vês?
-
Vejo, vejo…e não estou a agostar nada do que vejo…- disse a mãe, muito furiosa.
- É o
onde vou enterrar o meu tesouro e depois vou fazer um mapa…
Não
conseguiu acabar a frase, pois a mãe estava com uma cara… O caso estava a ficar
preto para o seu lado. A mãe olhou-a seriamente e disse-lhe:
-
Sempre a fazer disparates, Clara! Chega! Vai já para a sala e senta-te numa das
cadeiras e não saias de lá até eu te chamar e pensa bem na tua atitude.
Clara
nem ousou contrariar a mãe e antes que o castigo viesse a ser pior, foi até à
sala e sentou-se… Lá fora estava um dia maravilhoso e ela tinha de ficar
naquela sala escura, sem nada para fazer. Mas afinal o que tinha feito de tão
grave?!!
Beatriz Faustino
Menina
de Castigo
Numa
pequena aldeia, vivia uma menina com apenas 10 anos, chamada Sofia. Era uma
menina baixinha, de cabelos castanhos encaracolados, olhos azuis e magrinha.
Sofia não era uma menina qualquer, tinha um problema… Sofria de Bullying, por
ser demasiado baixa e magra para a sua idade.
No
enato, quando conseguiu resolver os seus problemas tornou-se uma agressora. Em
setembro, no primeiro dia de aulas, fez Bullying com uma garota da sua turma,
chamada Carolina.
Carolina
era pequena e gorda e, por isso, Sofia divertia-se a chamar-lhe nomes e a
bater-lhe. Gozava-a até a ver chorar. A menina já nem queria ir à escola.
Um
dia, os pais de Carolina foram à escola denunciar o caso, pois Carolina tinha
vergonha de contar à Diretora de Turma o que se passava.
A
Diretora de Turma chamou Sofia e informou-a da denúncia e disse-lhe que o caso
era tão grave que tinha de chamar os seus pais.
Os
pais de Sofia não ficaram satisfeitos com o que ouviram e sentiram-se
envergonhados devido às atitudes da filha. Ela tinha de ser castigada pelo que
fizera à pobre garota.
Em
casa, depois de falarem seriamente com ela, puseram-na de castigo na sala e
disseram-lhe que pensasse seriamente nas suas atitudes. Para além disso, teria
de pedir desculpa à Carolina por a ter maltratado. Sofia sentou-se num canto
escuro da sala, longe da janela, de onde vinha uma aragem fresca e pensou,
pensou no mal que tinha feito à colega.
No dia
seguinte, assim que chegou à escola, dirigiu-se a Carolina e pediu-lhe imensas
desculpas por tudo o que lhe tinha feito. Tinha sido mesmo má e estava mesmo
muito arrependida. Carolina, apercebendo-se de que Sofia falava com
sinceridade, desculpou-a.
A
partir desse dia, tornaram-se as melhores amigas!
Marisa Santo