Numa conversa informal, Domingos Amaral falou entusiasticamente sobre o seu livro, que foi inspirado na figura histórica de D. Afonso Henriques, fomentando nos espetadores o desejo de partir à descoberta deste romance, que se afigura magnífico ...
“É
o meu novo livro (...). Chama-se «Assim Nasceu Portugal», foi um livro que me
deu um enorme prazer escrever, e cuja história atravessa a infância e a
adolescência de um dos meus heróis, o nosso primeiro rei, Afonso Henriques.
Entre assassinos e princesas mouras, nobres galegos e
rainhas leonesas, portucalenses de boa cepa que desejam a independência e
misteriosas bruxas que vivem em cavernas, explicam-se as razões para a luta
feroz entre Afonso Henriques e sua mãe, a condessa Dona Teresa.
Na Páscoa de 1126,
em Viseu, o príncipe Afonso Henriques conhece uma bela rapariga galega, de seu
nome Chamoa Gomes, por quem se apaixona perdidamente. Contudo, sua mãe, a
condessa Dona Teresa, regente do Condado Portucalense, irá proibir aquele
casamento, pois Fernão Peres de Trava, seu amante, não admite que o príncipe se
enlace com sua sobrinha Chamoa.
A fúria de Afonso Henriques é imensa. Zangado com a
mãe, arma-se a si próprio cavaleiro, na Catedral de Zamora e recusa
prestar vassalagem ao novo rei de Leão, Castela e Galiza, o seu primo Afonso
VII.
Depois, começa
a liderar os portucalenses de Entre Douro e Minho, entre os quais Egas Moniz e
seu irmão Ermígio Moniz, que vivem revoltados com a influência do Trava e as
decisões de Dona Teresa.
Cresce a convulsão no Condado
Portucalense e todos são arrastados por ela. Nobres e almocreves, amigos e
conselheiros, mulheres e trovadores, pais e filhos, envolvem-se num conflito
sangrento, que terminará com a inevitável batalha de São Mamede, em
Guimarães.
Durante esses anos turbulentos, instalam-se em
Soure os templários, e o seu mestre, o velho cavaleiro Gondomar, procura
uma relíquia sagrada que o pai de Afonso Henriques, o conde Henrique, trouxe um
dia da Terra Santa, e cujo esconderijo só é conhecido por uma misteriosa bruxa.
Entretanto, em Coimbra, as princesas mouras Fátima e
Zaida, e a sua mãe Zulmira, que estão prisioneiras dos cristãos, agitam-se com
a notícia de que um famoso guerreiro sarraceno as virá resgatar, enquanto um
assassino implacável as tenta matar, a mando do califa almorávida de
Marraquexe, que teme que aquelas três mulheres ressuscitem o antigo califado de
Córdova.”
Em seguida, disponibilzou-se para responder a perguntas sobre este ou outros livros da sua autoria. Finalmente, antes da sessão de autógrafos, formulou o desejo de que sentíssemos tanto prazer na leitura deste livro quanto prazer ele teve ao escrevê-lo.
Domingos Amaral cativou-nos pela sua simplicidade e simpatia. Valeu a pena!
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