No dia 4 de junho, na biblioteca
da escola, os alunos do oitavo B declamaram em francês poemas do poeta Paul
Éluard, selecionados pela professora Helena Cunha, para a atividade Chá
& Bolinhos com leituras, que pela primeira vez foi em língua
estrangeira, em francês!
De pseudónimo de Eugène Emile Paul
Grindel (Saint-Denis, 14 de dezembro de 1895 - Charenton-le Pont, 18 de novembro de 1952), Paul Éluard foi
autor de poemas contra o nazismo que circularam clandestinamente durante a
segunda guerra mundial. Tornou-se mundialmente conhecido como O Poeta da
Liberdade. É o mais lírico e considerado o mais bem-dotado dos poetas
surrealistas franceses.
Esta atividade foi de grande
interesse e, portanto, a repetir, uma vez que os alunos do oitavo ano tiveram a
oportunidade de apreciar poesia francesa, percebendo a sonoridade dos poemas: a
sua melodia, o seu ritmo e os efeitos que produzem: alegria, medo, tristeza,
por exemplo. Esta iniciativa é também uma forma de incentivar o hábito da
leitura e despertar o amor pelos livros, e de inserir a comunidade educativa no
universo poético francês, familiarizando-a com a linguagem poética e com a
forma gráfica dos textos poéticos, estimulando a oralidade, a leitura e a
escrita. E também com chá e bolinhos se fez acompanhar este momento maravilhoso
de poesia francesa que aqui partilhamos com estas fotos e excerto do poema Liberté
de Paul Éluard.
Sur mes cahiers
d’écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable de neige
J’écris ton nom
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable de neige
J’écris ton nom
Sur toutes les
pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J’écris ton nom
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J’écris ton nom
Sur les images
dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J’écris ton nom
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J’écris ton nom
Sur la jungle et
le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l’écho de mon enfance
J’écris ton nom
Sur les nids sur les genêts
Sur l’écho de mon enfance
J’écris ton nom
(…)
Sur les sentiers
éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J’écris ton nom
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J’écris ton nom
(…)
Et par le pouvoir
d’un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer
Liberté
Nos meus cadernos de escola
Nesta carteira nas árvores
Nas areias e na neve
Escrevo teu nome
Nesta carteira nas árvores
Nas areias e na neve
Escrevo teu nome
Em toda página lida
Em toda página branca
Pedra sangue papel cinza
Escrevo teu nome
Em toda página branca
Pedra sangue papel cinza
Escrevo teu nome
Nas imagens redouradas
Na armadura dos guerreiros
E na coroa dos reis
Escrevo teu nome
Na armadura dos guerreiros
E na coroa dos reis
Escrevo teu nome
Nas jungles e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
No céu da minha infância
Escrevo teu nome
Nos ninhos e nas giestas
No céu da minha infância
Escrevo teu nome
(…)
Nas veredas acordadas
E nos caminhos abertos
Nas praças que regurgitam
Escrevo teu nome
E nos caminhos abertos
Nas praças que regurgitam
Escrevo teu nome
(…)
E ao poder de uma palavra
Recomeço minha vida
Nasci pra te conhecer
E te chamar
Recomeço minha vida
Nasci pra te conhecer
E te chamar
Liberdade
Paul Éluard
Tradução de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira
Tradução de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira
Prof.ª Helena Cunha
Sem comentários:
Enviar um comentário