quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Mês de Alice Vieira


PROJETO "ESCRITOR DO MÊS"

Outubro é o mês de Alice Vieira na nossa biblioteca. Para além de uma exposição biobibliográfica, foi lançado um desafio... o de ler expressivamente o poema "cantiga de mãe.



ALICE VIEIRA… EM DISCURSO DIRETO!
Nasci no dia 20 de Março de 1943 numa rua de Lisboa chamada Almirante Reis, mas saí de lá com 15 dias de idade… A casa onde eu nasci foi deitada abaixo, e é hoje uma enorme garagem.
Vivi em muitas ruas diferentes, em muitas casas diferentes, mas sempre em Lisboa, que é a cidade mais bonita do mundo.
Desde cedo que os meus brinquedos foram os lápis, as borrachas, os livros. Aprendi a ler e a escrever sozinha, era muito pequena. E os meus amigos eram as personagens que eu descobria nos livros que lia. Vivi em casas grandes, com grandes corredores escuros que rangiam pela noite dentro, e me faziam muito medo, e sem crianças da minha idade com quem brincar.
Depois cresci e entrei para o Liceu Filipa de Lencastre, onde estudei do 1.º ao 7.º ano (então era assim que se dizia quando queríamos falar do que é hoje o 5.º e o 12.º ano). Gostava de português, mas gostava mais de inglês, de francês e de história. A matemática deu-me muitas dores de cabeça, confesso.

Desde pequena que sempre disse “quando for grande quero ser jornalista” – e fui. Comecei cedo a escrever em jornais: Diário de LisboaDiário PopularDiário de Notícias.
Paralelamente fiz o curso de Filologia Germânica (que hoje se chama Línguas e Literaturas Modernas, variante Inglês e Alemão) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas nunca fui professora: o jornalismo tomou sempre o meu tempo todo.

      Casei (com um jornalista), tive dois filhos.
Quando os meus filhos eram pequenos, pediram-me um dia que escrevesse uma história para eles: e assim nasceu, em 1979, a Rosa, Minha Irmã Rosa que, nesse ano, teve o Prémio de Literatura Juvenil do Ano Internacional da Criança. A partir daí não tive um minuto de sossego, com o jornal todos os dias (trabalhava então no Diário de Notícias), e as constantes idas a escolas e bibliotecas, e os livros para escrever. Até que em 1990 tive de optar: e então optei pela literatura. Não me desliguei do jornalismo (quem é jornalista por paixão é jornalista sempre), mas agora já não vou todos os dias ao jornal.

Trabalho agora para o Jornal de Notícias e para as revistas Tempos LivresActiva (onde a minha filha é jornalista também), e Audácia. E continuo a escrever livros e a ir a escolas. Vou muitas vezes ao estrangeiro – sobretudo à Alemanha, Espanha, França e Suiça – porque os meus livros estão traduzidos em várias línguas, e as escolas desses países também me convidam. Também vou muito a Inglaterra, mas é porque o meu filho (professor de matemática) e os meus três netos vivem aí…


Já publiquei cerca de 40 livros. A maior parte deles são dirigidos a jovens – mas também tenho uma colecção para os mais pequenos de histórias tradicionais portuguesas. No entanto, o que eu gosto mais de escrever é romance. Como, por exemplo, Os Olhos de Ana Marta, Caderno de AgostoA Lua Não Está à VendaSe Perguntarem Por Mim Digam Que VoeiUm Fio de Fumo nos Confins do Mar, etc. Neste momento estou a tentar escrever um romance para os mais novos, baseado nas histórias que a minha neta Adriana inventa para mim.


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