No passado dia 13 de Outubro, Dia Mundial do Escritor, fui recebida pelo Agrupamento de Escolas Henrique Sommer, na Abertura "Oficial" da Biblioteca do Centro Escolar. Foi um enorme prazer e privilégio ter partilhado este dia, que tanto simboliza, com os alunos e professores do agrupamento! Foram momentos de leitura, magia, diálogo, aprendizagem e de muitas emoções! O acolhimento e carinho sentido reflete a entrega e dedicação que existiu por parte de todos os presentes neste dia. Um dia maravilhoso onde a leitura, o livro e o conto se destacaram fazendo as delícias dos mais pequenos que ofereceram toda a sua atenção e os seus sorrisos!
Um agradecimento especial à Professora Helena pelo abraço gigante a esta "causa" e por nos ter proporcionado este inesquecível dia!
Um bem-haja a todos!
Escritora Carina Francisco
Este ano, a “abertura oficial” da Biblioteca do Centro Escolar contou com a simpática e doce presença da escritora Carina Francisco, que encantou os alunos do 1.º CEB com o seu livro A Princesa e a Coruja!, que foi finalista do Prémio Literário “Manuel Alegre".
A Princesa e a Coruja é um livro que nos fala de amor, de solidariedade e de resiliência. A par da história ternurenta, é de destacar as belíssimas ilustrações das jovens Joana Junqueira e a Mariana Carreira.
No que diz respeito ao livro, considero importante relembrar as palavras do professor Fernando Elias, um dos convidados para apresentar o livro na Biblioteca Afonso Lopes Vieira, no dia 15 de abril:
“De que forma o livro A Princesa e a Coruja, se revela importante no contexto escolar e educativo?
1. As crianças não nascem resilientes. O início da infância é uma importante janela de tempo para a compreensão e promoção da resiliência face à perda na criança.
2. É importante aprender a lidar com os seus sentimentos e emoções, onde a honestidade e a verdade, o afeto e o bom senso, o diálogo sincero sobre a perda, a comunicação clara e a proximidade facilitam a adaptação a estas situações.
Ora, o livro evidencia aspetos importantes nesta direção de análise, a saber:
- Nas suas 57 páginas inspira ternura, com tons suaves (verde, azul), que nos faz voltar, de certo modo à nossa infância;
- Há um contacto com a natureza em muitas páginas do livro;
- Criança que encontra conforto na amizade que cria com a coruja, uma nova amiga que ajuda a acalmar a dor e a aceitar a perda da mãe de uma forma mais serena;
- A figura da mãe como a coruja – aquela que protege, inspira, cuida, quer esteja fisicamente presente, quer não;
- Solidariedade que sentimos para com a figura do pai, que, de repente, tem de seguir sozinho o caminho e tomar conta da educação da criança, da sua alimentação, da casa, etc;
- O Amor pode superar a dor de forma genuína.
Não podemos excluir da Escola a educação para a perda.
Mas também não podemos, de forma alguma, excluir a educação pelo amor e pela solidariedade.
Uma cidadania vivenciada no e pelo afeto, no e pelo amor, no e pela solidariedade, é indispensável para o bem-estar emocional de cada criança.
Este livro promove tal pedagogia e cidadania.”
A Coordenadora da Biblioteca Escolar
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