segunda-feira, 20 de março de 2017

Atelier de escita com a obra "Coelho Branco", de António Mota

O “Coelho Branco”, texto de António Mota, foi uma obra trabalhada com as turmas do 1.º ciclo do Centro Escolar, numa das atividades propostas pelas docentes Anabela Gaspar e Anabela Machado inserida no Projeto “Atelier de Escrita” para o presente Período.
A mesma consistiu na apresentação aos alunos das imagens do livro. Nas variadas abordagens orais, e partindo da leitura/interpretação das imagens, os grupos turma inventaram uma história, com personagens integradas no tempo e no espaço. Salientamos o facto de não lhes ter mostrado o título do livro nem o conteúdo escrito.
À medida que os alunos iam “transpirando” sugestões, as docentes da Biblioteca iam registando. Estes registos foram sendo posteriormente passados a computador e revistos com o incluso melhoramento e encadeamento de ideias por todos os intervenientes neste processo. Houve necessidade em todos os grupos turma haver três revisões de texto culminando com a quarta e última versão onde finalmente lhe foi atribuído um título. Houve toda uma articulação entre as duas docentes da Biblioteca, as Professoras Titular e os alunos das respetivas turmas, usando e “abusando” dos meios informáticos, nomeadamente o computador e o Blog da Biblioteca do Agrupamento, sendo este último dinamizado pela professora Helena Silva.

E é com a apresentação das excelentes versões finais, das histórias contadas/inventadas pelos grupos turma do 2.º A e 2.º B, do 3.º B e do 4.ºA que damos por concluída a atividade, nascendo assim várias histórias a partir da versão verdadeira de António Mota.
                                                           Prof.ª Anabela Gaspar e educadora Anabela Machado 

Turma do 2.º A, prof.ª Céu Silva
A Grande Aventura do João e da Joana

Estava a Joana em casa dela quando viu o seu avô em cima da cadeira. Ele queria pintar um coelho na parede e a avó estava a apontar para o sítio onde o avô o iria pintar. Estava a começar a anoitecer quando chegou o pai do trabalho. Como ele se esqueceu das chaves no trabalho bateu à porta e o João e a Joana abriram-na.
O pai, quando o João abriu a porta, disse:
- Olá, meus filhotes!                           
- Estávamos a ver que tu não chegavas! Tínhamos muitas saudades tuas, pai. – disseram os netos, em coro.
Entretanto pediram ao pai para irem visitar a avó Céu para a ajudar a cuidar dos animais e dar-lhes de comida. O pai concordou e lá foram eles a casa da avó, visitá-la. Quando chegaram a casa dela cumprimentaram-na e a avó disse:
- Ia agora mesmo dar de comer aos coelhos. Querem fazer-me companhia?
- Sim avó! Era mesmo isso que estávamos a pensar fazer. – responderam os netos.
E lá foram os três para o barracão, onde estava a coelheira. A avó abriu a porta da coelheira e, sem querer, um coelho fugiu. Provavelmente porque a porta estava mal fechada.
O coelho queria fugir para ir à procura da coelha que estava na toca, ao pé da horta. Ela era a sua companheira e ele estava desejoso para conhecer os seus filhotes.
A avó, como ficou preocupada porque viu que o coelho tinha fugido resolveu pedir ajuda aos netos para irem com ela procurá-lo. Como a avó era uma senhora idosa e não corria rápido, os netos foram ajudá-la a procurá-lo. Dirigiram-se até à horta da avó. Eles deitaram-se em cima da relva fresca e fofa e fingiram que estavam a dormir para depois tentarem apanhá-lo. Entretanto o coelho aproximou-se deles, assustou-se e fugiu. Começou a correr e escavou um buraco num túnel para se esconder. Lá perto, havia outra toca com uma coelha e os seus coelhos bebés. O pai coelho e a mãe acasalaram e nasceram coelhos bebés. Nasceram quatro bebés e um estava deitado no buraco à espera de comida. Estava à espera de cenouras para comer.
Os bebés da coelha tiveram fome e foram pelo túnel, lá para cima e fugiram. Foram à procura de comer. A mãe apercebeu-se que eles estavam a atrasar e foi à procura deles. Os coelhos estavam a comer na horta descansados.
Entretanto os meninos foram para a rua e levaram consigo uma caixa e uma mangueira. Como o João tinha ido buscar ao frigorífico uma cenoura e uma folha de alface levaram o comer para a horta. Levaram os vegetais na mão para montarem uma armadilha para apanhar o coelho. Os meninos ficaram escondidos a espreitar, por detrás de um arbusto.
Passaram quatro horas e o coelho não havia maneira de aparecer.
Mas…. De repente…. Apareceu o coelho, de orelhas arrebitadas, porque estava desconfiado que alguém andava à procura dele.
Como os meninos tinham uma caixa, pegaram nela e foram a correr, saltaram o arbusto, pegaram no coelho que tinha caído na armadilha e colocaram-no dentro da caixa. Felizes, foram entregar a caixa com o coelho à avó Céu. Esta, voltou ao barracão e colocou o coelho dentro da coelheira. Mas antes de virar as costas foi ainda confirmar se a fechadura tinha ficado bem fechada, não se desse o caso do maroto do coelho tentar fugir novamente.
Como a avó Céu tinha ficado muito feliz pediu aos meninos para se sentarem em cima da caixa para ver um espetáculo que ela tinha preparado para eles. O espetáculo da avó consistia na história do coelho branco que tinha fugido e da grande ajuda que os netos tinham dado na procura do mesmo.

FIM










Turma do 2.º B, prof.ª Ermelinda Fidalgo
 O Coelho Atrevido

Era uma vez uma menina, que se chamava Sofia, que estava a ver os pais a arranjar uma lâmpada em casa da avó. Ela estava fundida.
Entretanto ela e o irmão ouviram barulho à porta. Os meninos foram ver quem era e abriram a porta. Era a avó. Ambos disseram:
- Olá avó! O que vais fazer? – a avó respondeu-lhes:
- Olá! Vou dar comida aos coelhos.
A avó foi dar comida aos coelhos que estavam na coelheira. Estava uma manhã quente de verão. E lá foram os três
Enquanto a avó foi dar comida aos coelhos, os coelhos tentaram fugir porque a avó abriu a coelheira. Entretanto houve um coelho que fugiu! A avó ficou aflita porque era o seu melhor coelho.
Depois os meninos foram atrás dele. Mas correram tanto que se cansaram. Não o conseguiram apanhar. E com tanto cansaço deitaram-se em cima de uma manta, no chão, em casa da avó. Acabaram por adormecer, em cima da manta, em casa e começaram a sonhar. Sonharam como apanhar o coelho da avó. Eles sabiam que o coelho era tão rápido como uma lebre.
Até que apareceu o avô Anacleto que os acordou. E os meninos disseram:
- Ó avô! Porque é que nos acordaste? Estávamos quase a apanhar o coelho!
- Que coelho? Vocês estavam a sonhar! – disse o avô muito espantado.
- Oh! Avô! É o coelho que estava na coelheira da avó e fugiu para o mato! – responderam os meninos.
O avô pensou no assunto e sugeriu aos netos para irem montar uma armadilha para apanhar o coelho:
- O que acham da ideia de fazer uma armadilha para o apanhar?
Os dois meninos acompanhados pelo avô saíram de casa e foram os três preparar uma armadilha.
E lá andava o maroto do coelho a tentar roubar cenouras no campo da vizinha Alzira.
Só que o coelho viu que já não havia cenouras na horta da vizinha Alzira e foi até à armadilha que tinha uma cenoura. Como ele não se apercebeu que era uma armadilha foi apanhado de surpresa.
Os meninos estavam escondidos atrás de um arbusto, dentro de um caixote de madeira a observar se o coelho tinha ficado na armadilha.
O coelho foi finalmente apanhado na armadilha. Ele ficou triste mas não tinha como fugir.
Os meninos saíram de dentro do caixote de madeira e foram a correr para apanhar o coelho. Depois foram levá-lo à avó.
A avó ficou muito feliz ao ver o seu coelho preferido e levou-o para a coelheira, para junto dos outros coelhinhos.
Os coelhinhos ficaram admirados por o verem porque pensaram que ele se tinha ido embora para sempre.
A avó, entretanto, agarrou num coelho de brincar e foi fazer um teatro para os netos. Eles gostaram de ver a avó a fazer o teatro porque estava a ser muito divertido. Ela gosta muito de os ter lá em casa dela.
À noite, antes de os meninos se irem deitar, foram até à coelheira para ver se nenhum coelho tinha fugido. Como verificaram que estavam todos, foram-se deitar descansados e dormiram toda a noite.
Foi um dia muito divertido, cheio de aventuras inesperadas.
 FIM








Turma do 3.º B, prof.ª Teresa Salvador
A fuga dos Coelhos

Num dia de outono, o Capuchinho e o seu irmão estavam em casa da avó a dormir.
De manhã, quando acordaram, foram chamar a avó que estava no seu quarto e disseram:
- Bom dia avó!
A avó estava a dormir, acordou e ouviu o Capuchinho Vermelho e o irmão a chamá-la.
- Avó, avó, avó!
A avó ouviu os netos a perguntar:
- Ó avó queres brincar connosco?
A avó respondeu:
- Sim, eu quero brincar convosco. Mas primeiro tenho de ir alimentar os coelhos porque eles estão esfomeados.
Então foram ao curral e quando chegaram perguntaram logo à avó:
- Avó podemos ajudar a dar comida aos coelhos?
A avó respondeu que sim mas pediu para terem cuidado e não deixarem a porta aberta. Caso contrário os coelhinhos fugiam.
Mas eles esqueceram-se de fechar a porta e os coelhos fugiram.
Saíram da coelheira dois coelhos e encontraram uma toca pelo caminho. Os dois foram brincar lá para dentro. Os coelhinhos, que tinham encontrado a toca, encontraram lá dentro outro coelhinho. Eles conheceram-se e começaram a brincar juntos. Passado algum tempo a coelhinha teve filhotes.
Os dois irmãos ainda estavam junto à coelheira quando a Capuchinho sugeriu ao irmão:
- É melhor ir ver se a porta ficou aberta!
E o irmão do Capuchinho disse:
- Oh! Não! Nós desconfiamos que deixámos a porta aberta! E agora?
Então o irmão pensou numa solução, que era tentar encontrar em toda a quinta da avó os coelhinhos que tinham fugido.
Na quinta separaram-se e o Capuchinho foi pelo lado esquerdo e o irmão foi pelo lado direito para tentarem encontrar os coelhinhos. Passado algum tempo depois os irmãos encontraram-se e perguntaram:
- Tu viste os coelhinhos? – perguntou o Capuchinho.
- Eu não! E tu viste algum coelho?
- Também não! – respondeu o Capuchinho.
- Vamos continuar à procura dos coelhos – sugeriu o irmão.
Entretanto os irmãos encontraram um caminho direto à toca dos coelhos, seguindo as peugadas que estavam marcadas no chão. Então o Capuchinho Vermelho e o irmão viram os dois coelhinhos com os filhotes. Eles espreitaram para dentro da toca. Os coelhinhos viram-nos e como tinham medo, ficaram assustados e começaram a escavar um buraco para fugir. Foram parar a um terreno onde havia muitas hortas com vários legumes, principalmente cenouras. Quando pararam para comer as cenouras os irmãos, sorrateiramente e em biquinhos de pés, esconderam-se atrás dos arbustos. Como tinham lá um saco, que tinha uma cenoura, apanharam-nos e fecharam-no de repente.
Com os coelhinhos dentro do saco, ataram-no e foram a caminho da casa da avó. Mas, como o saco estava a ficar frágil, resolveram colocá-lo dentro de uma caixa que encontraram no caminho.
Os irmãos levaram-na para a avó e depois a avó é que levou a caixa para a coelheira.
Depois de tirar o saco da caixa e por sua vez os tirar de dentro do saco, meteu-os na coelheira e foram almoçar. Depois do almoço foram para o pátio brincar. Estavam sentados em cima de uma caixa quando a avó foi ver o que eles estavam a fazer. Agradeceu-lhes por eles terem apanhado os coelhos. Por fim acabaram por passar a tarde toda a brincar com a avó no quintal. Foi muito divertido.







Turma do 4.º A, prof.ª Elsa Pimparel
A fuga no Quintal

 Certo dia, na aldeia de Maceira, perto da escola, a Maria e o António brincavam numa casa pequena e branca. Nessa manhã, estavam eles sozinhos deitados no tapete da sala quando bateram à porta.
Os dois meninos pararam de brincar e foram espreitar pelo buraquinho para ver quem estava do outro lado. Como eles eram baixos tiveram de ir buscar uma cadeira para saber quem estava a bater. A Maria e o António viram que era a avó e abriram a porta. Ela perguntou-lhes:
- Como estão?
- Estamos ótimos! – responderam as crianças.- Podemos ir a sua casa ver os coelhinhos, se faz favor? Eles são tão fofos…. E já temos saudades de os ver!
A avó respondeu:
- Sim, podem ir vê-los, mas tomem cuidado para não os deixar escapar.
Foi então que decidiram ir os dois a casa da avó, mais propriamente ao quintal que ficava na parte detrás da casa e abriram a porta da coelheira para fazer festas aos coelhos.
Porém, as crianças distraíram-se e deixaram a porta aberta. Um coelho aproveitou a oportunidade e fugiu. Quando saiu dirigiu-se para uma lura abandonada, no fundo do grande quintal vedado com uma cerca de madeira branca, e refugiou-se na toca para criar uma família.
Entretanto, a Maria e o António deram por falta do coelho e foram à procura dele no quintal. O António agarrou numa caixa e numa corda que estavam ali perto enquanto a Maria  foi buscar uma cenoura ao frigorífico. Ataram a cenoura à extremidade da corda para atrair o coelho. Depois de montarem a armadilha junto de uma pereira que estava perto da horta, ficaram à espera que ele aparecesse para o apanhar.
O coelho, curioso, saiu da lura para observar o que as crianças  estavam a fazer e escondeu-se atrás de uma couve lombarda.
Passado algum tempo, sentindo a fome a apertar, o coelho que não gostava de couves,  sem se aperceber que era uma armadilha, dirigiu-se à cenoura que os meninos lá tinham colocado para o apanhar.
A Maria e o António finalmente agarraram o coelho que distraído a saborear a cenoura caiu na armadilha. Colocaram-no na coelheira sem que a avó percebesse, uma vez que não deviam ter deixado a porta aberta. Os netos pensaram um bocado e sentiram-se culpados pelo que fizeram.  Arrependidos, foram contar à avó a verdade, dizendo que tinham deixado a porta da coelheira aberta, sem querer. A avó, apesar de os netos terem sido irresponsáveis, desculpou-os porque foram honestos e recompensou-os com um teatro de fantoches com coelhos.
 FIM









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